Responder a essa pergunta é difícil- mas
o fato é que estamos a frente de um grande “big Brother” , ou por que não dizer
” um gigante voraz” que sabe de toda a sua vida financeira e clama por
recolhimentos. Você já deve saber
do poder do fisco , mas curta a matéria na integra – excerta da fonte: O
Consultor Juridico” – bem ilustrativa.
Por Tatiane Gonini Paço –“ Tecnologias do fisco estão à frente das empresas"
Por Tatiane Gonini Paço –“ Tecnologias do fisco estão à frente das empresas"
O famoso "Big Brother Fiscal" esta realmente mostrando à que veio. O que
antes parecia distante, agora é realidade.Os fiscos estão muito à frente da
maioria das empresas no que se refere ao uso das tecnologias para assegurar que
os contribuintes estão pagando corretamente os tributos a que são sujeitos.O uso
de ferramentas de alto desempenho permite às autoridades fiscais realizar
cruzamentos de dados e de informações para apurar eventuais inconsistências nas
prestações de contas feitas pelos contribuintes.
A Receita Federal do Brasil, por exemplo, conta hoje com um supercomputador
apelidado de T-Rex e um software de inteligência denominado Harpia, capazes de
realizar em segundos milhões de cruzamentos de informações para apurar eventuais
inconsistências fiscais.
Com o auxilio das referidas tecnologias, os agentes fiscais federais
analisam informações sobre a vida financeira dos contribuintes, especialmente a
partir da instituição do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped),
composto pelos módulos Escrituração Contábil Digital (ECD), Escrituração Fiscal
Digital (EFD) e Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) em âmbito nacional, que passou a
exigir que as informações contábeis e fiscais sejam fornecidas à Receita Federal
por meio de padrões pré-determinados, formando um único ambiente virtual.
Além disto, por meio dos Convênios, hoje em dia há uma integração muito
maior entre os fiscos nas três esferas governamentais (federal, estadual e
municipal), além de parcerias com instituições como CVM, Susep, Juntas
Comerciais, Cartórios e outros órgãos públicos.E, neste sentido, sob o aspecto
"gestão fiscal", está cada dia mais difícil praticar o famoso "jeitinho
brasileiro". O mercado não permite mais amadorismo. É preciso inovar de forma
contínua, buscar práticas de gestão que conduzam a resultados eficientes.
Entender que os métodos utilizados no passado podem não dar mais resultado nos
dias atuais, ou pior, podem ser uma grande ameaça para a sobrevivência da
empresa.Já não basta a empresa ter um excelente ERP (Enterprise Resource
Planning), é preciso investir numa gestão financeira, jurídica e contábil
eficiente, bem como no mapeamento e na melhoria dos principais processos.Diante
dessas circunstâncias, é fundamental que as empresas tenham uma gestão
tributária competente para evitar problemas causados por divergências de
informações em relação às bases de dados usadas pelas autoridades fiscais
municipais, estaduais e federais.As inconsistências apuradas podem resultar em
autuações fiscais, acrescidas de juros e multas. Em outras situações, dependendo
da gravidade do ato fiscal que gerou a autuação e do valor da penalização, uma
empresa pode até ser inviabilizada financeiramente e seus sócios administradores
serem representados criminalmente. Sem uma gestão eficiente, as empresas estão
expostas a riscos tributários muito importantes, que devem ser avaliados e
ponderados.Há menos de dez anos, a postura do empresário era outra, porém, hoje,
para evitar essa delicada exposição a riscos, é imprescindível que as companhias
necessitam contar com o apoio de especialistas que dominem as normas, e, ainda,
com recursos tecnológicos que deem suporte à equilibrada gestão fiscal das
empresas.Na era da governança corporativa, contar com ferramentas e
especialistas para reduzir a exposição aos chamados riscos fiscais, não só são
fatores extremamente valorizados pelo mercado, como são fundamentais e
imprescindíveis à sobrevivência da empresa, melhorando, inclusive, a percepção e
a avaliação positivas da companhia frente ao mercado.Investir em controles e na
redução da exposição a riscos é sempre uma atitude sábia, que pode evitar perdas
muitas vezes irreversíveis.
Fonte: Consultor Juridico